Era uma mulher. Tinha lá pelos seus trinta anos.
Olhava-me a todo o momento naquela festa de 25 de janeiro, um festejo a
fantasia. Observei-a por um instante; as pernas lisas e cruzadas, olhos escuros
um pouco grandes e delicadamente repuxados, boca pequena, lábios grossos face
tranquilamente acomodada.
Fomos ao banheiro. Ela vestia
um vermelho no fogo intenso e saltos altos, seus seios arredondados e ainda
bicudos brilhavam a luz das luzes – uma espécie de óleo sobre tua pele.
Encontramo-nos na segunda porta de um desses sanitários. Tinha a seguido por
trocas de olhares, bebida no copo e ao canudo, sapato discretamente saindo de
seu pé.
Entre abraçadas, apertos e beijos enlouquecidos o suor
ainda ardia e o fogo do desejo sapecava nas alisadas das pernas. E tudo foi tão
intenso.
E carícias, a calça abriu. Ela aperta, a cueca cai. Eu
levanto, suas pernas se abrem. Eu encosto, sua calcinha é tirada. Vem um beijo
e o abraço é molhado. No pescoço, a pele é apalpada. A mordida, o tapa arde. A
mão desce, sua coxa levanta. Eu encaixo e o desejo é cumprido. Vem o gozo e o
coito se encerra.
Foi um encontro. Eu,
virando à esquerda com a refrescante brisa do vento frio da noite; ela virando
à direita ajeitando sua bolsa e retocado o batom. Os olhares se fixam na ponta do
nariz e os pensamentos são soltos, voltamos à realidade.
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