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domingo, 18 de março de 2012

Encontro Consonantal

Era uma mulher. Tinha lá pelos seus trinta anos. Olhava-me a todo o momento naquela festa de 25 de janeiro, um festejo a fantasia. Observei-a por um instante; as pernas lisas e cruzadas, olhos escuros um pouco grandes e delicadamente repuxados, boca pequena, lábios grossos face tranquilamente acomodada.  
Fomos ao banheiro. Ela vestia um vermelho no fogo intenso e saltos altos, seus seios arredondados e ainda bicudos brilhavam a luz das luzes – uma espécie de óleo sobre tua pele. Encontramo-nos na segunda porta de um desses sanitários. Tinha a seguido por trocas de olhares, bebida no copo e ao canudo, sapato discretamente saindo de seu pé.
Entre abraçadas, apertos e beijos enlouquecidos o suor ainda ardia e o fogo do desejo sapecava nas alisadas das pernas. E tudo foi tão intenso.
E carícias, a calça abriu. Ela aperta, a cueca cai. Eu levanto, suas pernas se abrem. Eu encosto, sua calcinha é tirada. Vem um beijo e o abraço é molhado. No pescoço, a pele é apalpada. A mordida, o tapa arde. A mão desce, sua coxa levanta. Eu encaixo e o desejo é cumprido. Vem o gozo e o coito se encerra.
Foi um encontro. Eu, virando à esquerda com a refrescante brisa do vento frio da noite; ela virando à direita ajeitando sua bolsa e retocado o batom. Os olhares se fixam na ponta do nariz e os pensamentos são soltos, voltamos à realidade.

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